quarta-feira, 14 de maio de 2014

Sobre todas as coisas...

O amor é sempre o ponto de congruência das coisas. Tudo gira em torno dele. No entanto, não sei se posso discursar sobre o amor. O amor é o sentimento mais indizível do mundo. Por mais palavras que possam ser ditas, o amor é a única forma de traduzir um sentimento. Pois ele o é em toda a sua plenitude.

Mas o que conheço eu do amor se não consigo amar o meu próximo. Se não consigo estender a mão a quem precisa de mim. Se sempre fui um individualista voltando meu pensamento ao meu benefício. Lá estou eu me criticando. O amor não critica. O amor suaviza os ânimos. Na crítica inexiste o amor.

O amor está em cada gesto que eu gostaria de ter dado. O amor é tudo aquilo que explode em mim, mas que eu não compartilho. É a representatividade da vida que eu gostaria de levar. E se não a levo não é por falta de amor, é por falta de comprometimento com ele.

Acordar de manhã é um ato de amor. O amor quando é despertado preenche o quarto. Preenche a alma de quem acabou de sonhar. E mais: prolonga o sonho. Pois a vida nada mais é que um sonho. A cada dia se sonha de uma maneira diferente. O amor não se repete. O amor sempre inova. O amor renova a energia de quem o sente. Na verdade, o amor é a inesgotável fonte ansiada.

O tédio é a antítese do amor. O tédio é a morte dos sentidos do homem. O tédio é a morte do homem. É o abandono de seus ideais de vida. É como a pretensão das palavras ao se referirem ao amor. No amor não há nomenclaturas. O amor é aquilo que nos é mais caro, e no entanto, torna-se a cada dia mais raro.

A falta de amor é como a ausência de ar. O ar que esvazia os pulmões, o amor que amortece a alma. É uma constante asfixia. É uma bússola sem rumo. É um vazio no peito. Uma dor que não encontra um jeito.

O amor é sempre presente, mas é o invisível. É aquilo que não se vê, mas se sente. É o ar que se respira sem se dar conta disso. É o ar que mantém acesa a chama do mundo. Pois na falta de amor há um abismo. Na falta de ar há um vácuo.

Mas o que sei eu sobre o amor...eu nada sei sobre isso. Respiro porque é instintivo. Durmo porque me cai o sono. Sigo porque a estrada existe. Não questiono, apenas caminho.

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