quarta-feira, 14 de maio de 2014

O meu jardim...

Há quem mal diga a auto-ajuda. Eu respeito, pois da forma como colocam de fato parece uma fábrica de ganhar dinheiro. Mas auto-ajuda é apenas uma nomenclatura, nada mais. O importante é que trata-se de uma maneira de encarar a vida sabendo que a gente tem o dom de mudar e seguir os caminhos que quisermos. Isso é livre arbítrio. Isso é buscar os sonhos como eu coloquei em um post anterior. Você pode acordar e e decidir fazer o bem, como pode decidir fazer o mal. A gente sempre tem, no mínimo, duas opções, dois caminhos a seguir.

Você pode escolher viver junto de alguém ou não. Pode escolher crescer profissionalmente ou não. Pode criar amigos e cultivá-los ou não. Pode escolher dormir cedo ou varar a madrugada. Pode escolher ficar no seu emprego o resto da vida (ou até que te mandem embora) ou montar o seu negócio. Pode escolher reagir aos fatos externos como um espelho ou emanar, gerar os fatos externos. Pode passar por uma experiência e achá-la ruim ou devastadora, ou pode torná-la um aprendizado. Você pode qualquer coisa. Essa é a questão. O nome que dão a isso não importa. O nome é simplesmente irrelevante.

Há 25 anos atrás, em uma sexta-feira de uma noite quente de dezembro eu estava extremamente triste. Tinha 20 anos e tinha acabado um relacionamento de 4 anos com alguém que eu amava muito. Com alguém que eu tinha toda a segurança do mundo. Com alguém que escolheu ficar com outra pessoa e terminar um longo relacionamento. Eu estava desesperado, pois quando se é jovem, imaturo, isso parece o fim do mundo. Você pensa que não vai amar ninguém mais, que sua vida sem determinada pessoa não tem mais sentido. E a sensação de se sentir rejeitado é uma das piores do ser humano. É uma das piores armadilhas que a nossa mente nos prega. Porque nos escancara a nossa própria rejeição.

Mas, como tudo na vida tem sempre um porquê, lá pelas 23:00 daquela sexta-feira eu resolvi ler um livro que minha mãe tinha e há muito me falava. Chamava-se "Você pode curar sua vida", de uma autora chamada Louise Hay. Apesar da dificuldade em ler qualquer coisa pois o choro era ininterrupto, aquele título me chamou a atenção. E naquele dia eu comecei a ler o livro. Li numa tacada só, e lá pelas 4 da manhã eu já havia terminado. E alguma coisa tinha mudado dentro de mim. Eu absorvi de tal maneira o que estava escrito, que pela manhã eu estava em um estado que, anos mais tarde, eu chamaria de "estado expandido de consciência". Eu precisava tanto de uma luz que aquele livro foi um clarão na minha vida.

A partir daquele dia, eu comecei um processo de reprogramar minha consciência para trabalhar a meu favor. Há 25 anos eu tenho feito isso. Há 25 anos eu planto essas sementes pelo chão. E colho, colho frutos ou ervas daninhas. Depende do que eu planto. Como bom ser humano, nem sempre eu planto o que seria bom para mim e colho os frutos disso. Mas mesmo assim, eu reconheço em mim a capacidade de mudar na hora em que eu quiser. De replantar e de replantar indefinidamente. Eu passei a assumir o controle. Eu passei a ter fé nos meus sonhos. E quer saber? Eles se realizaram e continuam se realizando. Eu não culpo o externo por qualquer coisa que seja, eu assumo a responsabilidade e reverto o efeito. Sou perfeito? Anos luz disso. Mas sou um navegante incansável.

Ainda tenho muito o que melhorar, nossa!, e como tenho. Tenho muito o que perdoar. Mas eu não me arrependo das minhas escolhas pois elas foram "minhas escolhas" e não de outros. Eu sigo as coisas que o meu coração diz que eu tenho que seguir. E o nosso coração, ou intuição, como queiram, sabe exatamente onde devemos ir.

Depois de muitos anos, eu montei o meu negócio, da maneira que eu queria, do jeito que eu imaginava. Eu nunca sonhei em ter um negócio, nem nunca pedi isso ao universo. Mas eu sempre procurei vibrar uma energia de unir trabalho e prazer e não ao contrário, como muitos de nós aprendem com os respectivos pais: "trabalho é árduo, é sofrido ganhar dinheiro, tudo na vida vem com muito esforço". Definitivamente, eu não acredito nisso. Se você faz algo que gera uma sensação boa dentro do peito, esse é o caminho certo. Se o teu caminho gera alguma insatisfação, mude imediatamente de caminho pois esse não é o caminho certo pra você.

Cada vez mais eu sigo o meu coração e a minha intuição. E os dois nunca me levaram a um caminho que não fosse bom pra mim. E isso me traz muita fé, não a fé religiosa, mas uma fé inabalável no processo da vida. E a gente tem que ser o que a gente prega. Os resultados tem de ser compatíveis com o que a gente vibra. Antes de escutar o que alguém tem a dizer, eu avalio a vida de quem está dizendo. Isso te dá a direção.

Pois a vida é um enorme campo a ser semeado. Cabe a nós escolher que tipo de semente plantar.

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