quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ilegal, imoral ou engorda...

"Tudo o que eu gosto é ilegal, é imoral ou engorda". Sempre gostei desta frase, que, apesar de ser título de uma música do Roberto, me parece que não é dele, mas sim, algum tema de um escritor ou jornalista nos anos 60/70.

Outro dia eu estava analisando esta frase e me peguei pensando que ela, de algum modo, representa umas fases de vida que a gente passa. Quando se é adolescente, a gente está mais pra coisas ilegais, como experimentar drogas, pegar carro escondido, cometer algum pequeno delito sem maiores consequências. É a fase do que é proibido é sempre mais interessante. A fase do descobrimento, das atitudes contrárias, de ir contra isso, contra aquilo. De reivindicar tudo, achar que tudo está errado e que você é o grande questionador e aquele que enxerga as falhas da sociedade.

Depois vem a fase imoral. Descobrindo o sexo e suas possibilidades, a gente se pega indo contra a moral e os bons costumes, descobre os prazeres por trás das coisas, o desejo que brota à flor da pele. Transa dentro do carro, experimenta repetir aquela cena da pia de Atração Fatal, beija babado na frente dos transeuntes, e se coloca nas situações mais inusitadas, nos lugares mais inapropriados. Usa brinco, faz tatuagem e um monte de coisa que sua vó ficaria de cabelo em pé.

Mas chega uma hora que isso perde a graça, não há mais coisas ilegais que você gostaria de fazer, e nem imorais, pois os padrões mudaram bastante e o que era antes imoral, hoje é perfeitamente normal e aceitável.

Por fim, me resta dizer que atualmente tudo o que eu gosto engorda:) Depois dos trinta tudo o que de fato lhe proporciona prazer instantâneo engorda. Aliás, engorda muito! Não, eu não estou acima do peso, longe disso, mas depois de uma certa fase, o metabolismo não colabora mais e se você vacilar fica com cinturinha de quibe do Habib's.

Nos tempos atuais, eu posso dizer que tudo o que eu gosto já não é mais ilegal, nem imoral... mas engorda pra caramba...

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