sexta-feira, 9 de maio de 2014

Aposte no que você faz bem...

Há tempos eu venho ensaiando para desenvolver esse tema em um post. Não que eu já o tivesse escrito e reescrito várias vezes, mas sim, pensado nele em vários momentos da vida. Desde a tenra infância, na escola, na faculdade, na vida profissional e na vida pessoal. Ele sempre aparece.

Quem já não ouviu: "Você precisa trabalhar melhor esse seu ponto fraco!". O foco sempre está onde você não é bom. A cobrança sempre vai para aquilo que você não faz bem. E o que você de fato faz bem, fica sempre renegado a segundo plano. Se você é bom em educação física, precisa dar foco em matemática. Se você é criativo, precisa dar foco no seu raciocínio lógico. Se trabalha melhor sozinho, precisa dar foco em trabalho em equipe. E assim vai.

Eu sempre fui bom em artes, trabalhos que exigiam criatividade e raciocínio lógico. Sempre fui péssimo em física, química e biologia. Me dou bem com a palavra escrita, mas não com a oratória. Gosto do outono, não gosto do verão. Enfim, faço bem certas coisas e outras não. Como 100% da população mundial. Ninguém é bom em tudo, não existe isso.

Dos meus 25 anos para cá, venho priorizando as coisas que eu faço bem, visando fazê-las melhor ainda. E eu entendo que essa é a busca da perdida "Árvore da Vida". A busca do Dom que todo mundo tem. O que mais tenho visto são pessoas fazendo aquilo de que não gostam. Pessoas que, ou estão tão perdidas para intuir o seu Dom, ou se acham velhas demais para começarem o que sempre gostaram de fazer.

A nossa sociedade não estimula o dom pessoal, mas estimula a competição mediana. Todos devem saber tudo. Não basta ser um Einstein na física se no vestibular você for um lixo em redação ou história. Não basta mais falar inglês, agora todos devem falar espanhol ou uma terceira língua. Não basta ter curso superior, tem que ter MBA. Enfim, tudo conspira para que todos sejam iguais, pois apesar de cada indivíduo ser único, temos que ter conhecimentos iguais. Ou seja, vamos todos nos tornar medianos, sabendo de tudo um pouco e não sabendo nada bem, pouco de muitas coisas ao invés de muito de poucas coisas.

Eu sempre penso que a probabilidade de se ganhar dinheiro é inversamente proporcional àquilo que você odeia fazer. Quando se gosta do que faz, quando conseguimos enxergar onde somos bons e fortes, a gente faz melhor que todo mundo. E é aí que nos destacamos da multidão. E, pessoal: Não tem idade pra descobrir isso!. Se você descobrir o que de fato gosta aos 20, melhor pra você. Mas você pode descobrir aos 30, 40, 50, 60, etc. Mas descubra antes de morrer.

Conheci na vida profissional, mentes brilhantes que cursaram faculdades de "segunda" e mentes medíocres que cursaram faculdades de primeira. Não importa o quanto você sabe, mas sim o que você tem feito com o que sabe. Uma biblioteca fechada não é um espaço de conhecimento, mas sim um restaurante de traças.

Sei que conselho, se fosse bom, a gente vendia. Mesmo assim pelo menos reflita sobre isso: qual é o seu Dom? Uma dica: nos sentimos mal quando estamos longe dele e bem quando estamos perto.

Aposte no que você faz bem, mesmo que todos digam o contrário. O prazer está em conseguir manifestar o seu Dom neste momento, nesta vida. Todo o resto é consequência...

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